Ameaça e oportunidade na indústria de calçado

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Segundo a McKinsey, 38% dos consumidores do mundo já trocaram sua marca favorita por outra devido a questões relacionadas a origem sustentável dos produtos (Crédito: Divulgação )

Por Alexandre Inacio

Metade dos calçados produzidos no Brasil possui uma origem sustentável certificada. Dos 870 milhões de pares produzidos anualmente, 50% saem de empresas que adotam o selo Origem Sustentável, criado pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) em parceria com a Associação Brasileira das Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos (Assintecal). É bem verdade que a outra metade do setor – o que não é pouca coisa – ainda não garante a procedência. Porém, o sentimento na indústria é que as empresas brasileiras estão amadurecendo o tema ESG.
Segundo a Abicalçados:
 88% das companhias do setor realizam a destinação adequada dos resíduos sólidos industriais;
68% realizam verificação periódica de seus fornecedores quanto à conformidade legal, ambiental e social;
74% executam controle de substâncias restritas;
67% utilizam energia 100% renovável;
e 59% possuem ao menos uma linha de produtos sustentáveis.
Nesse contexto, uma ameaça e uma oportunidade estão no radar das indústrias. Segundo a McKinsey, 38% dos consumidores do mundo já trocaram sua marca favorita por outra devido a questões relativas ao tema. Por outro lado, a certificação é encarada como uma ferramenta de competitividade na disputa de mercado com os concorrentes asiáticos.

SHOPPING
Projeto em SC será 100% alimentado com energia solar

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O projeto ainda está no forno, mas um dos ingredientes está garantido. O Garden Open Mall será um dos únicos shoppings do sul do Brasil alimentado 100% por energia solar, gerada em uma fazenda de energia fotovoltaica da própria construtora J. A. Russi. O empreendimento está sendo erguido em Itapema, litoral de Santa Catarina, a cerca de 15 km ao sul de Balneário Camboriú. O investimento do projeto é de R$ 100 milhões, e tem um Valor Geral de Locação (VGL) em torno de R$ 8 milhões por ano. Previsto para ser inaugurado em junho de 2026, o novo shopping contará com uma Área Bruta Locável (ABL) de 2.500 m² e 97 vagas de estacionamento. “Estamos muito orgulhosos de poder anunciar esse empreendimento, que não só trará mais opções de lazer e compras, mas também reforçará o compromisso da nossa empresa com a sustentabilidade”, disse a vice-presidente da J. A. Russi, Joana Russi Reis.

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”Esse projeto abre as portas da universidade para jovens que, em outras circunstâncias, nem poderiam sonhar com um curso superior. É importante porque permite que jovens negros de periferia tenham a oportunidade de sonhar e realizar um futuro promissor.”

Fernanda Garay, ex-jogadora da seleção brasileira de vôlei, sobre a parceria da Nike e do CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola) que selecionou 20 jovens negros (14 meninas e 6 meninos) para cursarem, com bolsa, Administração na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo. Além do custeio integral das bolsas, os estudantes receberão auxílio financeiro e apoio psicossocial durante o período de 4 anos de graduação. Garay é apoiadora do projeto desde 2022, deu as boas-vindas aos jovens em evento realizado no sábado (24) e compartilhou sua experiência nas quadras e fora delas.

ENERGIA
Empresas criam leasing para painéis solares

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Se comprar um sistema de energia solar para instalar em sua casa, condomínio ou empresa parecia inviável por causa do preço, duas empresas estão criando uma espécie de leasing para esse mercado. A Solarprime, uma rede de franquias de energia solar, e a Revo Energia estão oferecendo a nova modalidade, com prazo de pagamento de até 10 anos. Na prática, o sistema é instalado no imóvel do consumidor e fica em propriedade da Revo Energia até a quitação do contrato. Com tudo acertado, o equipamento é automaticamente transferido para o cliente, sem nenhum custo. Atualmente, a capacidade instalada de energia solar fotovoltaica no Brasil representa 17,5% da matriz energética nacional.

REFLORESTAMENTO
Rumo vai restaurar 212 hectares em Mato Grosso

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Maior empresa ferroviária do Brasil, a Rumo vai restaurar 212 hectares de área degradada no Alto Araguaia, uma das regiões mais remotas do estado de Mato Grosso. O projeto faz parte de uma parceria entre a companhia e a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMA/MT), dentro do programa “Todos pelo Araguaia” para construção da ferrovia estadual Senador Vicente Emílio Vuolo. A nova ferrovia no Mato Grosso é uma autorização estadual que foi dada à Rumo em 2021. Ao todo, serão construídos aproximadamente 700 quilômetros de novos trilhos para ligar Rondonópolis até Lucas do Rio Verde – maior região produtora de soja e milho do País – e Cuiabá. Nessa primeira fase, a estimativa de investimento é entre R$ 4 bilhões e R$ 4,5 bilhões.

INVESTIMENTO
Resorts do Paraná aportam R$ 2,5 milhões em energia renovável

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O complexo de resorts Jurema Águas Quentes, em Iretama (PR), está ampliando seu projeto de energia solar com um investimento de R$ 2,5 milhões. Serão instaladas 1.060 placas solares no Jardins de Jurema Convention & Termas Resort, um dos hoteis do complexo. No total, os paineis produzirão 852 MWh de potência ao ano, que correspondem a uma economia de aproximadamente 30% no consumo de energia elétrica do complexo hoteleiro. A primeira fase do projeto, com 222 placas, foi finalizada em julho e já está produzindo energia. O restante, 838 paineis, será instalado em uma segunda etapa até dezembro de 2024. “Além de produzir energia renovável e limpa para nossas operações, a tecnologia foi pensada em modelo de estacionamento coberto, gerando sombra para os carros dos hóspedes do complexo”, conta Ivan Andrade, diretor administrativo financeiro do Jurema Águas Quentes.