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Ibovespa tem sexto melhor desempenho do mundo

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Resultados refletem uma recuperação mais sólida nas economias asiáticas, especialmente na China, que segue incentivando políticas de estímulo econômico, diz autor do ranking (Crédito: Divulgação)

Por Paula Cristina

O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, teve um desempenho positivo no terceiro trimestre de 2024, com valorização de 8,55% em dólares, posicionando-se em sexto lugar entre 20 dos principais índices globais acompanhados pela Elos Ayta Consultoria. Esse movimento representa uma quebra de tendência após dois trimestres consecutivos de quedas (7,49% no primeiro trimestre e 13,07% no segundo trimestre). O resultado foi impulsionado pela depreciação do dólar em 1,99% no período, o que potencializou os ganhos do índice brasileiro, que teve valorização local de 6,38%. Contudo, no acumulado do ano de 2024 até setembro, o Ibovespa não mantém o mesmo ritmo, apresentando uma desvalorização de -12,71%, superando apenas o índice mexicano IPyC, que amargou uma queda de -21,24%.

O destaque global no trimestre foi o FTSE China 50, (+27,08% em dólares), seguido pelo índice Hang Seng, de Hong Kong (+23,52%), e o BEL20, da Bélgica (+14,30%). “Esses resultados refletem uma recuperação mais sólida nas economias asiáticas, especialmente na China, que segue incentivando políticas de estímulo econômico”, afirmou Einar Rivero, autor do ranking. Os piores desempenhos ficaram na América Latina. O IPyC, do México, liderou as perdas (-7,04%), seguido pelo Msci Colcap, da Colômbia, (-5,54%), e o S&P Merval, da Argentina (-1,08%). “Reflexo dos desafios macroeconômicos como pressões inflacionárias e instabilidades políticas”, disse.

R$ 2,3 bilhão É a cifra confirmada pela CSN Mineração aprovada para pagamento de dividendos intercalares. Também serão pagos R$ 465 milhões em juros sobre capital próprio, além de dividendos intermediários de R$ 160 milhões. Os pagamentos vão ocorrer até 31 de dezembro deste ano.

R$ 115 milhões Foi o valor aprovado pelo Conselho de Administração da Multiplan em juros sobre capital próprio (JCP) em reunião da segunda-feira (30). O montante é correspondente a R$ 0,199 por ação, referente ao período de janeiro a setembro de 2024, imputáveis ao dividendo obrigatório do exercício de 2024.

Debênture incentivada
Emissão de título de dívida bate recorde

As emissões de debêntures incentivadas (títulos de dívida emitidos por empresas para financiar projetos específicos, geralmente no setor de infraestrutura, como rodovias, ferrovias e saneamento básico) somaram R$ 88,2 bilhões entre janeiro e agosto deste ano, resultado recorde na série histórica da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) iniciada em 2012. De acordo com a associação, este montante já supera em 30% o total emitido em 2023. Se considerar apenas o volume movimentado em agosto, a captação por parte das empresas foi de R$ 4,6 bilhões.

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De acordo com Cristiano Cury, coordenador da Comissão de Renda Fixa da Anbima, a expectativa de mais elevações na Selic reforça a visão de que o mercado de renda fixa seguirá predominando, com as debêntures se destacando como o instrumento mais utilizado pelas empresas. “Aquelas emissões com incentivo fiscal têm um atrativo a mais para os investidores”, afirma. Por setor, o de energia elétrica segue como principal emissor em 2024, respondendo por 39,2% das captações, seguido de transporte e logística (23,5%), saneamento (11,9%) e petróleo e gás (8,5%).

Segundo Cury, as negociações de debêntures incentivadas no mercado secundário também registraram recorde, somando R$ 179,7 bilhões no acumulado do ano até agosto, 39,2% superior ao total emitido em 2023.