United Airline e ONG levam meninas ao sonho da aviação
Por Allan Ravagnani
Na edição mais recente do Girls in Aviation Day no Brasil, realizada pela United Airlines em parceria com a ONG Voz das Comunidades, 10 meninas de favelas cariocas tiveram a chance de explorar o mundo da aviação comercial. O evento, ocorrido nas instalações da companhia aérea no aeroporto internacional Tom Jobim-Galeão, apresentou a elas diversas oportunidades de carreira no setor, com o objetivo de inspirar e abrir novos horizontes. As jovens, com idades entre 12 e 18 anos, conheceram de perto mulheres que atuam em áreas como manutenção de aeronaves, operações de rampa, estoque, carga e setor administrativo. Elas ouviram sobre os caminhos profissionais e os desafios de quem trabalha em um dos segmentos mais dinâmicos do mundo. O momento mais aguardado foi a visita a um Boeing 767-300, utilizado no voo Rio-Houston. Jacqueline Conrado, Country Manager da United Airlines no Brasil, ressaltou a importância da iniciativa: “A gente não pode sonhar ser aquilo que não vemos, ou não conhecemos. Por isso, ficamos felizes em receber essas jovens para interagir com nossas técnicas de manutenção e líderes de cargas de aeroporto, mostrando a elas as diversas carreiras possíveis na aviação”, disse. O Girls in Aviation Day é uma iniciativa global da Women in Aviation International (WAI) e ocorre desde 2015. Esta foi a primeira vez que a United o realizou no Galeão; as edições anteriores no Brasil foram no Aeroporto de Guarulhos. Margarita Robles, diretora do uIMPACT para Latam e Caribe, destacou que eventos como este, realizados em diferentes países da América Latina, têm o objetivo de mostrar às meninas que elas podem ocupar qualquer espaço na aviação.
VULNERABILIDADE
Fenasan 2024 vai lançar campanha de dignidade menstrual
Na Fenasan 2024, principal feira de saneamento do País, que aconteceu no Expo Center Norte, em São Paulo, foi lançada a segunda edição da campanha pela Dignidade Menstrual. Liderada pela Associação dos Engenheiros da Sabesp (AESabesp) em parceria com a Pieralisi do Brasil, a iniciativa busca distribuir absorventes e coletores para mulheres em situação de vulnerabilidade, visando reduzir a evasão escolar e garantir acesso digno à higiene. Maria Aparecida de Paula, diretora social da AESabesp, destaca a importância do projeto: “Queremos incentivar a doação de kits de higiene para que jovens estudantes possam frequentar a escola sem constrangimento e sem limitações no período menstrual”. Estela Testa, CEO da Pieralisi, disse que a ação visa quebrar tabus e promover um ambiente de conscientização sobre a saúde menstrual: “O combate à pobreza menstrual é uma questão de igualdade e justiça social. Ao unir esforços, garantimos que todas as meninas e mulheres possam ter uma vida plena”.
CRÉDITOS
Startup vende energia limpa sem placas solares
A geração compartilhada remota pode ser uma alternativa para o acesso à energia limpa e contribuir para a transição energética. É o caso da Lemon Energia, que conecta empresas interessadas em energia limpa a créditos gerados pela injeção da energia de usinas solares e, com isso, ajuda a reduzir a emissão de gases de efeito estufa. A geração compartilhada remota é um tipo de produção de energia baseado em pequenas usinas solares ou de outra fonte limpa (como biogás ou pequenas hidrelétricas), próximas dos locais de consumo, na qual em vez de comprar e instalar os painéis, o consumidor pode ‘alugar’ um pedaço da usina para receber a quantidade energia que o negócio necessitar. “A vantagem é poder economizar na conta de luz sem precisar fazer investimentos na aquisição de novas placas” detalhou Ana Capelhuchnik (foto), diretora jurídica e sócia-fundadora da Lemon Energia. Ao longo de sua curta trajetória, a startup já economizou R$ 13,5 milhões para as companhias parceiras e evitou a emissão de mais de 42 mil toneladas de dióxido de carbono na geração de eletricidade, com seus 10 mil clientes apenas nos últimos quatro anos.
EMBALAGENS
Brasil é 8º maior poluidor plástico do planeta, mostra estudo
O relatório Fragmentos da Destruição: Impacto do Plástico na Fauna Marinha Brasileira, lançado pela ONG Oceana, revela que o Brasil despeja cerca de 1,3 milhão de tonelada de plástico nos mares, colocando o País como o oitavo maior poluidor plástico global. Esse cenário afeta a fauna marinha e a saúde da população. O documento destaca a má gestão dos resíduos sólidos urbanos no Brasil. Segundo a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), 22% do lixo plástico vai parar no meio ambiente, enquanto apenas 15% são reciclados. No Brasil, estima-se que um terço do plástico produzido tenha potencial de chegar ao oceano anualmente, e cada brasileiro contribui com 16 kg de plástico por ano para essa poluição. No Grande ABC, a Maximu’s Embalagens, de Ribeirão Pires, atua para reduzir esses impactos, desde 2022 com uma extrusora recicladora capaz de processar 22 toneladas mensais de resíduos plásticos. Essa tecnologia transforma 100% das sobras produtivas em resina reciclada, reutilizada na fabricação de plásticos, como filmes para proteção. Márcio Grazino, diretor da empresa, explica que com a nova tecnologia, a empresa mantém controle sobre o processo, diminuindo o tempo de reciclagem de 40 dias para 48 horas, além de reduzir custos e garantir a qualidade.
CIDADE EMPREENDEDORA
Com moeda social, cidade de Sergipe alavanca desenvolvimento local
Indiaroba, no sul de Sergipe, com 18 mil habitantes, faz parte de um grupo de mais 2.600 municípios impactados pelo programa do Sebrae Cidade Empreendedora. Há cerca de dois anos, a população viu a economia andar, com uma série de medidas estruturantes, que vão desde colocar os produtores locais nas compras públicas à criação de uma moeda social digital e uma política de crédito popular. A moeda social digital, criada em 2022 pelo município, dentro das regras monetárias do país, foi batizada com o nome de um marisco comum da região: o aratu. Ela circula virtualmente por meio de um cartão e apenas nos limites de Andiroba. Um aratu (A$ 1) corresponde a um real (R$ 1). Foi com essa moeda que o comércio local se reavivou. Jaine Santos Barreto, dona da Junior Kids, loja de roupas infantis, é uma das 306 empreendedoras locais que aceitam o aratu. “Trinta por cento do nosso faturamento hoje é de compras feitas com o aratu”, conta a empresária.