Beleza vegana

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Nadim Elias Filho, CEO da Think Vegan: projetos de expansão para Europa e Ásia (Crédito: Divulgação)

Por Lana Pinheiro

Há 30 anos, o químico Nadim Elias Filho começou sua carreira na empresa de cosméticos naturais de seu pai, a Flores e Vegetais. “Eu nasci no meio de fórmulas e produtos. Depois de formado, me tornei responsável pela linha de produção e meu pai, do administrativo”, disse à DINHEIRO. Aí veio a Covid que mudou tudo. O Nadim Elias (pai) foi uma das 704.897 vítimas fatais da pandemia. “Naquele momento, resolvi seguir carreira solo”. Assim, há dois anos nasceu a Think Vegan, uma spin off com foco nos consumidores que querem produtos menos agressivos, mas com muita qualidade. “Nós conseguimos desenvolver uma fórmula totalmente natural, sem parabeno, amônia, sulfato etc, e de alta performance”, afirmou o fundador e CEO da empresa.

O portfólio atual está concentrado na linha capilar com shampoos, condicionadores e máscaras, com distribuição para o Brasil inteiro via e-commerce. A venda em pontos físicos acontece em parceria com grandes varejistas como Carrefour e, em breve, Pão de Açúcar. É com essa estratégia que a marca começa a chegar fisicamente em estados além de São Paulo e também no mercado internacional. O primeiro desembarque foi em Coral Gables, cidade da Flórida. Agora, Nadim já pensa em Europa e Ásia. “Estamos estruturando a empresa para esse processo de expansão com contratação e ampliação de portfólio”, afirmou o executivo. Nos planos estão lançamentos de produtos para skin care e protetor solar. A data, porém, ainda não está definida. Depende de aprovações e outros detalhes. Já os recursos para colocar em pé a estratégia estão garantidos por um aporte de R$ 5 milhões feito por um fundo de investimento nacional. A perspectiva é que em dois anos o faturamento da Think Vegan chegue a R$ 15 milhões.

Parceria

Ensinando voluntariado

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Transformar o Brasil por meio do voluntariado e do uso de tecnologia para gestão e governança para o terceiro setor. Essa é a missão da ONG Parceiros Voluntários e de seu presidente executivo, Daniel Santoro, que usa o conhecimento para capacitar empresas, organizações da Sociedade Civil (OSC), escolas e governos. “A cultura do voluntariado no Brasil precisa se fortalecer e ser executada de maneira mais profissional para que se torne sustentável e perene”, disse Santoro. Um dos grandes desafios é criar a identidade do voluntariado e engajar pessoas nessa causa. Para combater o problema, a ONG lançou o documentário Só Juntos – Dá pra mudar. É só começar, que pode ser visto no Youtube e agora prepara plataforma para mensurar a dedicação de pessoas e empresas a causas sociais sem pagamento em troca. “Dados são essenciais para avançarmos na construção dessa cultura”. Aceita-se apoios.

 

2.845 espécies brasileiras de fauna e flora de 11,8 mil catalogadas estão ameaçadas de extinção. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

(Simone Campedelli)

MODA

Repassa amplia ONGs beneficiadas

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Um dos mais relevantes brechós on-line de moda do Brasil, o Repassa usa a economia circular para promover negócios e também para alavancar ações sociais. A segunda frente ganhou a alcunha de Repassa Solidário, em que os vendedores escolhem uma ONG para receber doações que variam de 25% a 100% do valor das vendas de seus produtos na plataforma. Para que o consumidor saiba que está participando de uma causa social, esses produtos são identificados com um selo específico que traz o nome da ONG escolhida para receber o benefício. Segundo o fundador e CEO Tadeu Almeida, no ano passado as doações alcançaram cerca de 140 mil peças e R$ 160 mil. Este ano, o ritmo começou aquecido com bR$ 36,5 mil e 22,8 mil peças de roupas doadas no primeiro trimestre. “Meu sonho sempre foi resolver o problema da sociedade com impacto social e ambiental, mas com um negócio robusto”. Conseguiu. Em 2021 a startup foi comprada pela Renner que manteve Tadeu no comando.

Susana Muhamad, Ministra do Meio Ambiente da Colômbia (Crédito:Divulgação)

“É um pouco paradoxal seguir pensando sobre petróleo frente à crise que temos, porque esses megaprojetos geram abertura de caminhos, fragmentação ecológica, perda de biodiversidade e sobretudo conflito com as comunidades.”
Susana Muhamad, Ministra do Meio Ambiente da Colômbia, durante a Cúpula da Amazônia, realizada em Belém, no Pará

Papo Responsável

Patricia Haberkorn é a responsável pela gestão do Morros Verdes, hotel ecológico a 72 km de São Paulo. Ela falou à coluna:

Patricia Haberkorn (Crédito:Divulgação)

Como surgiu o hotel ecoloógico?
Sou formada em psicologia, meu irmão em geografia e meu pai é executivo de software [Ernesto Haberkorn, do Haber Group]. Eu trabalhava com ele e, dentro de um processo de sucessão, fui ter uma experiência fora do País. Lá, mudei de rota e decidi trabalhar com saúde. Um belo dia meu pai nos reuniu e pediu que pensássemos em um projeto para trabalharmos juntos. Decidimos comprar uma área degradada em Ibiúna (SP) para regenerá-la. Somente depois da recuperação, surgiu a ideia do hotel ecológico.

Como o ESG se faz presente no Hotel Morros Verdes?
São 300 hectares com técnicas de permacultura [ocupação sustentável do solo], a primeira usina de energia solar particular do Brasil e uma construção em modelo suspenso para não prejudicar o solo. Nossos funcionários são majoritariamente pessoas da comunidade local, os alimentos são comprados dos pequenos produtores da região e todas as atividades são pensadas para a integração do homem com a natureza.

Como o hotel e o mundo corporativo se unem?
Construímos o hotel pensando em uma experiência que integre o homem, sua saúde e a natureza, além de servir como inspiração: se o empresário que passa pelo nosso hotel mudar um pequeno processo dentro da empresa, já vou ter a sensação de missão cumprida. Ao mudar um pouco a realidade de uma pessoa, podemos mudar a de todos.