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Conheça a Logstore, startup que ajuda lojistas na frente logística

Brasileira Logstore inicia integração de sua plataforma com a Renner após rodada pré-série A.

Crédito: Istock

Logstore: com a chave do gargalo da logística entre o varejo físico e o virtual (Crédito: Istock)

Logística é um problema global. E ainda maior para o mundo do varejo, principalmente em questão de visibilidade. Com múltiplas empresas ainda com sistemas legado, falta de integração entre os pontos de contato e sobretudo a falta de tecnologia tornam o processo de entrega e manuseio de mercadorias um pesadelo.

Mirando esse cenário, a Logstore lançou uma plataforma que ajuda a organizar rotinas de loja, geração de insights por dados e entrega de módulos logísticos para que as empresas possam conectar facilmente o comércio digital às lojas físicas.

Com essa solução assertiva, a startup chamou a atenção das Lojas Renner, que realizou no ano passado um aporte de valores não divulgados, parte de uma rodada pré-série A. Foi o primeiro do RX Ventures, fundo lançado pela Lojas Renner em março de 2022.

“Estamos utilizando o capital para crescer a estrutura, investindo na área comercial e de marketing”, disse à DINHEIRO Helson Santos, cofundador e CEO da Logstore. “Nossa expectativa é conseguir crescer duas vezes e meia focando na replicabilidade da solução para outros varejos.”

A logística destravada pela tecnologia

O otimismo em cima da solução cofundada por Santos está na unificação dos estoques digitais e físicos do varejo. Tarefa feita através do uso da tecnologia para dar mais visibilidade a cadeia de suprimentos das empresas e entender os melhores pontos para entregar a mercadoria ao cliente, sejam eles lojas para o público, darkstores (locais exclusivos para o armazenamento, separação e envio de produtos comercializados on-line) ou centros logísticos.

A solução é composta de funções de conexão do digital com os pontos de venda, dashboards, carteira de pedidos, um marketplace de transportes, ferramenta para processos de troca de itens, um aplicativo de logística, uma plataforma de SAC e uma seção para acompanhar as entregas.

“A gente atua como intermediador nas compras digitais”, afirmou. “Centralizamos as vendas digitais do varejista na plataforma e realizamos todos os desdobramentos para que esse pedido chegue na sua casa.”

Com a melhora na malha logística das empresas, segundo Santos, indicadores como NPS (índice de satisfação do cliente) tendem a aumentar, sendo que, segundo ele, 86% das vezes que um cliente tem uma experiência de compra ruim, o principal fator é o logístico.

São diversos problemas como taxa de ruptura, taxa de cancelamento, taxa de substituição, tempos de preparação e capacidade de atendimento.

Com a plataforma, tudo isso fica mais fácil. “No geral, os prazos de entrega ficam 70% mais rápidos, os atendimentos melhoram e com menos gargalos e clientes mais satisfeitos, consequentemente a receita também sobe.”

Helson Santos CEO da Logstore (Crédito: Gabriel Reis)

“Nossa expectativa é conseguir crescer duas vezes e meia focando na replicabilidade da solução para outros varejos”
Helson Santos, CEO da Logstore

Com tantos benefícios, a startup chama a atenção do mercado desde 2020, quando foi selecionada para o programa de aceleração do grupo Visa.

Em 2021 já obteve seu primeiro aporte do grupo brasileiro de investimentos Domo Invest. No início das operações, a empresa já tinha outras propostas de investimentos de capital aberto, mas optou por fechar temporariamente para investimentos, buscando ter uma estrutura mais robusta quando entrar nessa fase. Estratégia que claramente funcionou.

Cruzando caminhos com a Renner

Segundo o CEO Helson Santos, as conversas com a varejista estão avançadas no sentido de adesão da ferramenta nos processos de todo o grupo, que inclui no Brasil e no mercado sul-americano as empresas Lojas Renner, Camicado, Realize, Repassa e Youcom.

A expectativa é de fazer uma implementação mais lenta e compassada a partir do segundo semestre de deste ano, atingindo aos poucos todas as 600 lojas do grupo. “Buscamos não fazer uma mudança abrupta, principalmente no caso de clientes com muitas lojas”, afirmou. “A ideia é fazer um pool de lojas onde as pessoas que vão cuidar dessa transição devem ajudar a escalar a solução para outros pontos de venda.”