Tecnologia

Timenow, a capixaba parceira das startups e do ESG

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ESG: para a Timenow, ser uma empresa inovadora, conectada, significa ter diversidade de pensamento (Crédito: Divulgação)

Por Victória Ribeiro

Apesar dos quase 28 anos de história, para a Timenow, empresa brasileira de engenharia consultiva, o tempo é o agora. O próprio nome já diz. Através dessa essência, há uma estratégia corporativa guiada pela busca constante por ideias e soluções customizadas para grandes players da economia, a empresa, com sede em Vitória (ES), prevê um salto de 18% no faturamento anual, totalizando mais de R$ 460 milhões em comparação aos R$ 390 milhões de 2022.

Com clientes de segmentos industriais como papel e celulose, petroquímica, mineração, óleo e gás e agronegócio, a expansão não se trata de uma novidade, mas de uma confirmação de tendência. No ano passado, a Receita Operacional Bruta da empresa alcançou aumento de 60% em relação a 2021.

Além disso, progrediu no Ranking da Engenharia Brasileira, subindo da 50ª para a 5ª posição em uma década. “Na Timenow, o foco não é apenas o lucro. No detalhe, somos uma empresa de engenharia, de gestão de projetos, mas a base disso é a inovação unida ao capital intelectual. Esse é o diferencial”, disse Antônio Toledo, CEO da Timenow.

Na visão do executivo, para um negócio ser perene, ele precisa inovar. É com base nessa crença que a empresa, que tem Petrobras, Suzano e Vale entre seus clientes, tem buscado construir um ecossistema de inovação de maneira sistêmica. “Temos 1,8 mil colaboradores e todos são incentivados a pensar em boas ideias”, afirmou Toledo.

Quando o assunto são as soluções, o segredo, de acordo com ele, é romper com a obviedade. “Nós não buscamos tecnologia para depois pensarmos na aplicabilidade. É o contrário. Primeiro a gente se apaixona por aquele problema ou situação e depois buscamos uma tecnologia compatível.”

R$10 milhões
investidos em startups durante três anos

18%
é o salto previsto no faturamento da capixaba em 2023, totalizando R$ 460 milhóes 

Para garantir o avanço, a aposta, há três anos, tem sido as startups. Desde então, foram investidos R$ 10 milhões em sete tipos de negócios emergentes, que abrangem:
• soluções de monitoramento de robôs e equipamentos,
• acompanhamento remoto de projetos com imagens 360º,
• análise de sinais vitais para evitar acidentes,
• previsibilidade de falhas,
• predição de eventos críticos,
• gestão de contratos industriais, grande parte delas desenvolvida por inteligência artificial.

“Entre essas parceiras, nós temos a Futurai, startup que antecipa problemas nas linhas de produção, e a Industrial, que otimiza rotas de manutenção dos nossos clientes”, disse Toledo. Os resultados gerados pelas investidas não tardaram a aparecer.

Além de uma Taxa Interna de Retorno de 26,96%, foram gerados mais de R$ 4 milhões entre savings e ganhos para clientes. “Novas soluções devem atingir aproximadamente R$ 25,6 milhões em nossa receita até final de 2023, salto bem relevante se comparado com o R$ 1,7 milhão de 2021”, afirmou o executivo.

Para o CEO da Timenow, inovação unida ao capital intelectual é o segredo para negócios se tornarem perenes (Crédito:Divulgação)

PARA DECOLAR

De olho nas transformações de mercado, o ESG é outro foco da Timenow. Através de projetos ligados à descarbonização e limpeza de matriz energética, além de soluções tecnológicas como building information modeling e machine learning na execução e gerenciamento dessas propostas, a ideia é se tornar parceira estratégica de clientes na aplicabilidade do conceito, que deve movimentar US$ 53 trilhões até 2025, segundo dados levantados pela Infosys.

Definido por Toledo como uma injeção de propósito, o ESG também orienta movimentos internos da Timenow através de grupos focais e vagas exclusivas, visando ampliar a participação de mulheres, pessoas pretas e LGBTQIAP+ em cargos de liderança. “É muito difícil ser uma empresa inovadora, conectada, se não houver diversidade de pensamento.”

Perante a todos esses movimentos, a expectativa da Timenow é alcançar voos cada vez maiores. Com presença nos Estados Unidos e na Europa, além do Brasil, a empresa capixaba quer expandir sua presença internacional com a meta de atingir faturamento que represente em até cinco anos 25% de sua receita.

Além disso, a perspectiva é aumentar a oferta de serviços também para outros setores, ampliando participação em alimentos e bebidas e desenvolvendo novos negócios em agronegócio e infraestrutura. “Queremos crescer priorizando a inovação, mas acima disso, o capital intelectual”, disse Toledo.