Sustentabilidade

Damas da Swarovski pela Amazônia

Crédito: Andre Ligeiro

Por Lana Pinheiro

Conhecida pelos seus brilhantes, a Swarovski tem outra frente de atuação sobre a qual pouco fala no Brasil,
até agora. Seu braço social, a Fundação Swarovski Waterproof atua no País desde 2014 em parceria com o Earth Child Institute e desde 2016 com a Fundação da Amazônia Sustentável (FAS). Juntos, na ação que em português ganhou o nome Escola d’Água, usam os recursos hídricos como o elemento principal de um programa de educação para a preservação da floresta Amazônica. “A água é parte do nosso DNA, da herança da Swarovski”, afirmou Marisa Schiestl-Swarovski (sentada ao centro da foto), membro da quinta geração da família, ao contar que no início da empresa seu tataravô usava jatos de água para cortar os brilhantes. “Por isso, a agenda é tão importante para nós até hoje”, disse à DINHEIRO. A Fundação atua nos principais rios de oito países, com impacto direto em 2,5 mil escolas, 23 mil professores e 800 mil crianças. Para Jakhya Rahman-Corey (à dir.), diretora da Fundação, a escolha da educação como pilar social é pelo seu potencial transformador. “A marca acredita que por meio do conhecimento é possível empoderar as pessoas e mudar a qualidade de sua vida.” No Brasil, o foco do programa está no Amazonas, com 205 escolas, 148 professores e 1.857 estudantes envolvidos. Fazer esse lado da marca ser mais conhecido no Brasil é parte da missão de Carla Assumpção (à esq.), diretora-geral da Swarovski Crystal Business Brasil, Chile e Argentina, que viu a primeira visita oficial de Marisa e Jakhya ao País como um marco importante. “Estivemos na Amazônia e vimos o poder transformacional da iniciativa. Queremos que nossas consumidoras venham conosco também nessa expedição.” A Fundação investe 300 mil euros por ano (cerca de R$ 1,6 milhão) nos projetos da floresta.

“A Terra fornece o suficiente para satisfazer as necessidades de todos os homens, mas não a ganância de todos ELES” Mahatma Gandhi (1883-1944)

DESAFIO
Por um sistema alimentar regenerativo

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Partindo do princípio de que o atual sistema alimentar é um dos principais agressores da biodiversidade e das emissões de gases de efeito estufa, a Fundação Ellen MacArthur lançou o desafio O Grande Redesenho de Alimentos. A iniciativa global chega ao Brasil com o objetivo de engajar a indústria a usar a economia circular como ferramenta de regeneração da natureza. Dessa maneira, acredita a fundadora e líder do conselho de administração da Fundação que leva seu nome, “podemos criar alimentos que regeneram a natureza e abordam alguns dos nossos problemas globais mais urgentes”. Podem participar qualquer empresa com conexão com a agenda.

FINANÇAS
Fundo contra o racismo

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Com o objetivo de promover o acesso à justiça e combater o racismo, o Fundo Esperança Garcia uniu o Instituto Desvelando Oris a duas bancas de advocacia: Pinheiro Neto (por meio de seu secretariado técnico) e
TozziniFreire. A iniciativa filantrópica atuará nas frentes de capacitação da advocacia antidiscriminatória com foco em profissionais negros; assistência jurídica gratuita às vítimas de crimes raciais; e comunicação, com a orientação sobre direitos e denúncia. Fundadora do instituto, Juliana Souza disse que “é hora de um pacto antirracista internacional e institucional, um pacto de reparação e de humanidade”. Foram criadas cotas de R$ 100 mil aR$ 500 mil, mas quem não se dispuser a arcar com esses valores pode doar o que considerar adequado. Qualquer soma é bem-vinda.

MOVIMENTO
Fim da pobreza menstrual

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Empresa de calcinhas absorventes sustentáveis, a Pantys lançou plano de advocacy com propostas ao governo federal para o fim da pobreza menstrual. Quer tratar de um problema que, segundo a ONU, atinge uma em cada quatro meninas no Brasil. A marca agora busca apoio popular para levar o projeto em frente. São duas principais propostas: a primeira é a criação de um fundo para financiar a distribuição de absorventes por meio do valor arrecadado com os impostos de produtos menstruais, além de doações. O segundo, a criação de um grupo de trabalho intersetorial, vinculado ao Ministro da Saúde, para fomentar o debate sobre o tema. “Pensamos no que poderíamos fazer de novo para realmente ter um impacto e buscar o objetivo final de acabar com o problema”, disse Maria Eduarda Camargo (à esq.), CFO, COO e cofundadora da Pantys, ao lado da sócia Emily Ewell. (Por Lara Sant’Anna)

ARTE DIGITAL
Indígenas na era das NFTs

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O breve evento de 2 a 4 de junho no Parque do Ibirapuera, em São Paulo, trará ao vivo o que o Brasil inteiro pode ver por meio digital. A exposição internacional de NFTs com obras do projeto Indigena.art no qual 12 criadores de oito etnias indígenas expoem e vendem seus trabalhos. Entre elas Yaku Urku. Participam os grupos étnicos Huni Kuin (Acre), Karapató (Alagoas), Desana (Amazonas), Tikuna (Amazonas), Anacé (Ceará), Guajajara (Maranhão), Kuikuro (Mato Grosso) e Fulni-ô (Pernambuco). A iniciativa é da Doare, socialtech que já movimentou R$ 100 milhões em doações, e da Vale.

Dados para ações afirmativas

Gabriel Reis

Uma das maiores dificuldades das empresas no diagnóstico, planejamento e implementação de ações afirmativas de inclusão racial e de outros grupos minorizados é a falta de um censo sobre essa população. Para jogar luz nesse problema, a Iniciativa Empresarial pela Igualdade Racial realizará o Workshop Censo e LGPD, na sede da NTT Data, no dia 7 de junho, das 9h às 11h. O evento contará com a abertura do CEO da NTT Data, Ricardo Neves, seguido dos painéis: Atualidades e Tendências de Mercado na LGPD; Censo e indicadores de representatividade de pessoas pretas; e Política Global de empresas multinacionais: Desafios com Regras Internacionais Aplicadas em Programas Nacionais. Os painéis contarão com Marcelo Rodrigues Ferreira Dias, DPO NTTDATA; Igor de Araujo Camargo, analista de ESG da Alelo; Thais Rodrigues Collaço, advogada da Alelo; e Carolina Prado, head de Comunicação e Diversidade e Inclusão da Intel para América Latina. Inscrição gratuita.