JBS: aos 70 anos, a global de alimentos dobra a aposta no Brasil

Nascida nos anos 1950, época decisiva no processo de modernização do Brasil, a JBS chega agora aos 70 anos com o mesmo espírito inovador e empreendedor que fizeram dela uma das maiores companhias de alimentos do mundo, sempre ancorada em valores que atravessam gerações e na crença de que é possível crescer, gerar empregos e renda em nosso país.

Ao comemorar data tão significativa, a JBS inaugurou neste ano duas novas fábricas de produtos de valor agregado em Rolândia, norte do Paraná. Resultado de um investimento de R$ 1 bilhão, o local abriga duas unidades que ocupam uma área total de 257 mil metros quadrados e empregam 4,5 mil colaboradores.

A JBS também retomou as atividades da unidade industrial da Friboi em Juara (MT) e anunciou a criação de 1,4 mil novos postos de trabalho com a recuperação e modernização da unidade de Diamantino (MT).

“Nós, que operamos em muitos lugares ao redor do mundo, olhamos para o Brasil e observamos que são poucos lugares que possuem as condições que o país tem: democracia, instituições fortes estabelecidas e credibilidade. Acredito que o Brasil voltou e é a bola da vez”, diz Wesley Batista, cofundador e acionista da JBS.

Os planos para o futuro reafirmam uma cultura empresarial consagrada e os compromissos assumidos pela JBS ao longo de sua trajetória. Neste ano de celebrações pelos 70 anos, a companhia se consolidou como a maior empregadora do Brasil, com 152 mil colaboradores diretos trabalhando em suas diversas operações. Somente entre janeiro e agosto deste ano, a companhia gerou 7,3 mil novas vagas, o que representa um aumento de 5% em relação a dezembro de 2022.

Segundo levantamento da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), a JBS e as cadeias produtivas ligadas a ela no Brasil movimentaram o equivalente a 2,1% do nosso PIB, o Produto Interno Bruto.

“É uma honra imensa poder aprender, conviver e dar continuidade para essa história que começou com muita luta.”
Wesley Batista

A JBS também contempla em seu plano de investimentos a pesquisa e desenvolvimento (P&D) para o setor de alimentação, tendo como foco especial o JBS Biotech Innovation Center, primeiro Centro de Pesquisa em proteína cultivada no Brasil, no Sapiens Parque, em Florianópolis (SC).

Com US$ 22 milhões comprometidos para a sua execução, o espaço tem o objetivo de se transformar no maior centro de pesquisa de biotecnologia de alimentos do país, com inauguração prevista para o final do ano que vem.

Em sintonia com a agenda ambiental mundial, os planos da JBS para o futuro preveem a manutenção e o aprimoramento de projetos e compromissos voltados para a sustentabilidade e o combate às mudanças climáticas. Há pelo menos uma década, a companhia investe em monitoramento na pecuária para garantir o cumprimento de sua Política de Compra Responsável e defende a importância de um sistema nacional obrigatório de rastreabilidade como solução contra o desmatamento ilegal.

O programa Escritórios Verdes, criado pela JBS, oferece apoio técnico gratuito para pecuaristas interessados em tornar suas propriedades mais eficientes e sustentáveis, além de apoio para passivos ambientais. Também conectam os fazendeiros a instituições financeiras que oferecem acesso a crédito. Atualmente, são 20 Escritórios Verdes em operação em todo o Brasil.

“Eu acho que a JBS está fazendo um papel relevante, importante e que no fim nós devemos fazer pelo nosso tamanho, por ser uma das maiores empresas de alimentos do mundo, é ser protagonista nessa transformação, de produzir alimentos cada vez melhores, mais saudáveis e mais sustentáveis para os nossos consumidores do mundo inteiro”, diz Gilberto Tomazoni, CEO da JBS.

Raízes

Todo esse desenvolvimento jamais teria sido possível se não estivesse estruturado em ideias e práticas basilares estabelecidas desde os primeiros tempos. Nestes 70 anos, a JBS percorreu sólida trajetória, marcada por crescimento e criação de valor. A semente foi plantada em 1953, quando José Batista Sobrinho, o Zé Mineiro, começou a trabalhar com o irmão Juvensor e, juntos, fundaram a Casa de Carnes Mineira, em Anápolis (GO), hoje considerada a pedra fundamental da história da companhia.

Em 1957, ambos abriram um açougue no Mercado Central da Cidade Livre, em Brasília, que deixava de ser apenas um sonho do presidente Juscelino Kubitschek para virar realidade e receber os milhares de trabalhadores recém-chegados de todo o país. Inovaram, passaram a vender carne desossada, cresceram e ganharam escala. “Para conquistar o que se almeja, é preciso ter determinação, disciplina e constância. Ao longo da minha vida, aprendi que, para ir em frente, é preciso ser diferente”, relembra Zé Mineiro.

Foi tocando em frente e buscando a diferença, sempre com determinação e trabalho duro, que os irmãos fizeram a semente germinar e dar frutos a partir de Brasília. A JBS superou desafios e aproveitou as oportunidades de um país que se modernizava, mas sofria com turbulências políticas e solavancos econômicos. Nos anos 1970, modernizou suas operações com as câmaras frigoríficas, criou a marca Friboi, nome que representou a empresa até 2007, e incorporou as novas gerações ao cotidiano da companhia.

Zé Mineiro nunca ensinou os filhos como deviam trabalhar. Aprenderam na prática, errando e acertando. “Meu pai nos soltou muito cedo. Nós éramos meninos e já fazíamos coisa de adulto”, conta Wesley Batista.

“Ao olhar toda a história da JBS, desde quando meu pai iniciou em Anápolis para o que construímos até aqui, posso afirmar que somos a prova viva de que nada é impossível”, diz Joesley Batista.

Os anos 1990 foram marcados pela incorporação de fábricas, o início das operações em São Paulo e os primeiros passos na exportação e abertura de mercados estrangeiros. Na chegada dos anos 2000, a companha instalou sua sede na cidade de São Paulo. Começava ali um novo ciclo virtuoso de diversificação, ampliação e internacionalização.

A expansão global foi acelerada depois do IPO (oferta inicial de ações na bolsa de São Paulo em 2007), e a JBS passou a contar com um amplo portfólio de marcas reconhecidas pela excelência e inovação, como:
• Friboi,
• Seara,
• Swift,
• Pilgrim’s,
• Moy Park,
• e Primo, entre outras.

Aos 70 anos de idade, a JBS segue com espírito inovador, mas fiel aos valores legados de Zé Mineiro e sistematizados pela companhia: atitude de dono, determinação, disciplina, disponibilidade, franqueza, humildade e simplicidade. “É uma honra imensa poder aprender, conviver e dar continuidade para essa história que começou com muita luta”, afirmou Wesley.