Por Heverton Peixoto

O sentimento de orgulho dos colaboradores tem papel crucial dentro do ambiente corporativo. O ‘orgulhômetro’ é uma metáfora para medir o orgulho e a satisfação dos colaboradores em relação ao trabalho, à empresa e ao ambiente em que estão inseridos. É uma forma também de quantificar o nível de comprometimento e identificação dos funcionários com os valores, missão e visão da organização. O termo passou a ser o reflexo da cultura organizacional, do propósito compartilhado e também da postura dos líderes no âmbito empresarial.

Ter um propósito claro e inovador é impactante na vida de cada colaborador. Quando o trabalho e a rotina diária se traduzem em algo maior, o orgulho se torna a força que impulsiona metas e conduz as equipes ao sucesso.

Dois elementos são vitais para a disseminação do sentimento de orgulho dentro da organização.

• Primeiro, a cultura organizacional, ambiente onde esse sentimento cresce. Valorizando a diversidade e o respeito, ela cria o cenário ideal para despertar a ideia de pertencimento em um colaborador.

• Não menos importante, a liderança ­— sempre ela — tem um papel central quanto o assunto é fazer o colaborador sentir orgulho do crachá que carrega. A postura dos líderes exerce uma função significativa ao longo desse processo. Gestores que exercem liderança autêntica, inspiram confiança e criam um ambiente onde os colaboradores se sintam motivados, apoiados e reconhecidos conquistam melhores resultados. Isso envolve ouvir ativamente as preocupações dos funcionários, fornecer feedback construtivo, promover uma cultura de aprendizado contínuo e celebrar as conquistas individuais e coletivas.

Empresas visionárias compreendem a importância da medição e gerenciamento do orgulho dos colaboradores através do orgulhômetro, que funciona como um indicador da saúde e vitalidade da cultura organizacional. Ao priorizar o bem-estar e o engajamento dos colaboradores, as empresas podem cultivar um ambiente de trabalho positivo e produtivo, onde todos se sintam valorizados e motivados a alcançar seus objetivos em conjunto.

Ao priorizar o bem-estar e o engajamento dos colaboradores, as empresas podem cultivar um ambiente de trabalho positivo e produtivo, onde todos se sintam valorizados e motivados a alcançar seus objetivos em conjunto

Isso significa adotar uma abordagem mais holística em relação à gestão de pessoas, onde a comunicação interna, o desenvolvimento de liderança, o reconhecimento e a valorização dos colaboradores são prioridades essenciais. Ao investir na experiência do colaborador, as empresas podem não apenas atrair e reter talentos, mas também impulsionar a inovação, a criatividade e o crescimento sustentável do negócio.

Uma pesquisa intitulada Comunicação Interna — Trends 2024, divulgada pela Progic, apresenta insights valiosos sobre as tendências e preocupações atuais das empresas em relação à experiência do colaborador. Um dos principais destaques retratados é que funcionários orgulhosos têm 100% mais chance de contribuir para um ambiente produtivo e positivo, duas vezes mais chances de permanecer na empresa por períodos maiores e seis vezes mais chances de recomendar seu ambiente de trabalho para outras pessoas.

De fato, a pesquisa reflete uma mudança significativa na mentalidade corporativa. Não à toa, o conceito do “orgulhômetro” vem sendo implementado nas empresas que almejam um grande sucesso. A ferramenta necessita se tornar prioridade para os gestores que buscam um ambiente de trabalho saudável e produtivo. Promover o orgulho dos colaboradores é o pontapé inicial para a prosperidade de empresas que buscam grandes realizações.

Heverton Peixoto é engenheiro civil com MBA em Corporate Finance no Insead, CEO do Grupo Omni e conselheiro do Instituto de Inovação em Seguros e Resseguros da FGV